2ª itinerância – Pancas / Artista: Tatiana Sobreira /
Tatiana Sobreira nasceu em Belo Horizonte em 1980.
Vive e trabalha na Serra (região metropolitana de Vitória), ES.
Bacharel em Artes Plásticas, formada pela Universidade Federal do Espírito Santo, já participou de diversas exposições coletivas e individuais e seu trabalho se desenvolve em diversas plataformas.
Nome do trabalho: “Paisagens de bolso”
As histórias da conhecida Floresta Negra que a avó da artista contava e que trouxe consigo de seu pai, são a maior ligação que Tatiana tem com o lado alemão de sua família. Hansel e Vettel, ou Joãozinho e Maria, deixavam rastros pelo caminho para uma volta “certa” (que aconteceu, mas não no tempo e nem pelo caminho planejado).
A ida é imprescindível para que se estabeleça volta. E realizar idas é sua principal busca no descobrimento desta origem familiar, que de certa forma é uma volta. A fixação de lugares-momentos é uma memória que acontece instantânea. As paisagens de bolso são efêmeras. Como miolo de pão na floresta. Elas não servem como um mapa nem de referência para quem o momento do fôlego, inspiração, não foi vivenciado.
As paisagens de bolso são desenhos de um fôlego só, feito com uma impressão rápida, revela uma paisagem única como momento em sua produção. Mas ao mesmo tempo, se trata de uma paisagem/objeto comum a todos, coletiva.
A intenção do trabalho é construir uma paisagem feita de fragmentos individuais que se unam num todo, que tem como resultado final uma paisagem conceitual. Se uma paisagem é um fôlego, várias têm possibilidades poéticas imensuráveis.
O trabalho
O trabalho desenvolvido em Pancas no período da residência artística que se iniciou no último dia 02 de outubro e segue até o dia 09 de outubro se trata de paisagens captadas através de uma transparência (acetato) com uma caneta (marcador permanente para CD), num desenho rápido (como pede a necessidade do fazê-lo) sem deslocar o ponto de vista. Os desenhos serão feitos pela artista e pelas pessoas que por ventura venham a interagir com ela (e vice versa) nos caminhos que formam a paisagem urbana e rural/natural da cidade de Pancas, com destaque para a comunidade de Lajinha do Pancas.
As paisagens são um momento individual de cada participante e como o próprio nome sugere, de bolso. Elas não serão da artista. Só o momento compartilhado entre eles.
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